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Sangue Real lançou clipe Favela Não Morre

Crescemos com o rap sempre mostrando a realidade das ( ruas ) conhecida na boca de todos como periferia, vindo em formas de músicas e clipes para fazer a conscientização de toda sociedade. Surgindo no final do século XX, entre as comunidades Afrodescendentes nos Estados Unidos, chegou ao Brasil em 1986, especialmente na cidade de São Paulo e assim se espalhou por todo o País.

Vale lembrar que na década de 80 as pessoas não aceitavam o Rap, pois consideravam o estilo musical como algo violento e tipicamente de periferia, e em pleno século XXI  o mesmo ainda sofre várias descriminações, mas  hoje vem com sua cena completamente diversificada, são poucos grupos que seguram a bandeira do rap raiz, com letras cheias de protestos e realidades que está cada vez mais  aberto para todos nos  canais de  TVs,   Filmes e Jornais.

Com apenas  alguns grupos de rap segurando o peso periféricos  nas letras,  a Sangue Real é um desses grupos raridade,  e vem com seu rap cheio de referência periférica e ao mesmo tempo leva consigo um grave de peso.

Seu mais novo clipe na pista é o Favela não morre. O mesmo é uma sátira contra todo o sistema policial que há anos vem matados pessoas negras e afirmando que são suspeitos de tráfico,  todos nós já sabemos o que aconteceu  e o que está acontecendo até hoje, quem não lembra dos 80 tiros no carro do músico Evaldo dos Santos e o cala boca do Amarildo e Marielle Franco.

Vamos conferir esse clipe que foi enviado para nossa equipe de redação pela produção da banda, que nos mandou também a síntese dessa obra de arte.

#Pracegover

Síntese: A ideia do clipe é mostrar uma realidade na qual os artistas da música rap estão inseridos. Nosso som sempre está associado ao crime de alguma forma, seja pelo conteúdo das letras, seja pelo fenótipo dos artistas e nós firmamos o compromisso de protestar contra toda forma de opressão e subjugação da arte e do povo negro e periférico. Nosso tráfico, como o clipe demonstra, é de ideias e informações que são emancipadoras de um pensamento dominante que perdura desde os tempos da escravidão. Nas cenas, a polícia flagra algumas movimentações dos membros da banda e, a partir daí, traçam uma investigação para prender um suspeito de tráfico de drogas. Baseados somente em conjecturas carregadas de preconceito, conduzem o suspeito até o departamento responsável e lá fica constatado que o tráfico investigado é de mídias de CDs, revelando a fragilidade do sistema e a resistência diária dos nossos artistas de periferia.

[ Texto enviado pelo Grupo ] 

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