No dia 22 de Junho, alguns artistas, músicos, donos de som de eventos e produtores se reuniram em frente a Câmara Municipal de vereadores em Paulo Afonso – BA, para cobrar o seu direito do auxílio, pois sabemos que essa nossa área da arte foi a primeira a parar e será a última voltar a fazer algo depois dessa pandemia.

Mas deixamos claro que nem todas as pessoas que estavam ali presente podem ser chamadas de artistas, assim como músicos e produtores culturais. Valendo lembrar que estavam presente uma boa parte de pessoas que já vivem bem financeiramente que sempre vem fazendo algo na prefeitura com o atual secretário, que é o caso das bandas de forró e outros estilos musicais popular na cidade. O escolhido para representar a classe de músicos e produtoras não tem capacidade para isso, afinal o muito que ele pode representar é ele mesmo ou sua própria classe musical, pois a classe musical em Paulo Afonso é ampla e vai do Forró ao Reggae e o Rap.

Vale ressaltar que há pouco tempo a prefeitura com sua secretaria ao invés de gastar o dinheiro da cultura e apoiar todas as classes de músicos e pessoas que representa os eventos como produtores, garçons e barraqueiros, decidiram fazer o tal de São João da Esperança, mas aí fica a pergunta, que esperança? Afinal é mais um projeto que vai ser gasto milhões e apenas 10% vão ser beneficiados, como sempre ou melhor, vamos ter as mesmas caras, as mesmas músicas e as mesmas ladainhas. Então de esperança não está tento nada nesse São João, muito menos para pessoas que são da área eventos e musica que vem sofrendo muito durante essa pandemia do covid19.

A cidade de Paulo Afonso – BA é uma cidade completamente cultural desde a criação de nossa rádio e produtora SELIGANAMUSICA®, existia Teatro, Forró, Pagode, Jazz, Reggae, Rock e Rap. Com a nossa chegada apenas fortalecemos ainda mais o movimento alternativo com projetos de conexão entre músicos e projetos esportivos que é o caso do SkateBoard, até fundamos uma escolinha de nome 13SKateBoard, mas a gestão do Município só enxerga Forró, Pagode e Samba, não queremos desmerecer essas classes musicais, mas desejamos que se falarmos de artistas e produções não devemos fazer separações entre gêneros e pessoas, não importa o gênero musical muito menos quem está produzindo, toda música é música, não importa a área de atuação, toda arte é arte, desde que seja uma pintura no quadro como uma pintura no muro.

Não é de hoje que presenciamos essa separação e essa exclusão dos sons alternativos que dão vidas aos grandes projetos da cidade, afinal somos propagador dos grandes projetos de reggae e do rap em nossa cidade, e até hoje não conseguimos uma vitória real para essa classe, admitimos que é bem representada não só em Paulo Afonso, mas mundo a fora por sua linha de frente (vocalista).

O auxílio emergencial para os músicos e área cultural como foi batizado por muitos vereadores da cidade foi aceito, mas a nossa pergunta é, quem irá receber? Todos os músicos da cidade? Todos os produtores? Ou apenas aqueles que têm seu nome escrito no livro da prefeitura? poucos músicos da cena alternativa tem seu nome nesse livro do secretário de cultura, assim como todos os eventos que o mesmo sempre produziu com nosso dinheiro, sempre vêm com as mesmas caras, que são as pessoas que ficam no pé, as que ficam puxando saco ou pessoas que tem parentesco politico. Então, como CEO de uma produtora por lei registrada e completamente legalizada exigimos transparência e que todos possam participar sem ficar de fora do seu direito.

Por: Negritto

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