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“Arte pra Rua” se materializou com a colaboração do produtor Guilherme de Souza a partir do retorno da artista curitibana à sua cidade natal em 2021. A seleção de 7 faixas conta sobre os valores, as experiências e as reflexões da artista durante esses anos, chega às plataformas na quinta-feira, dia 3 de agosto, com show de estreia no Tangie Under Club (Curitiba) dois dias depois.
“Restam Poucos” é a primeira música do álbum. Lançada no último dia 23 com clipe oficial no canal da artista, a faixa mistura referências do samba e do rap e, de acordo com ela” é um desabafo no sentido que as rédeas do meu caminho quem toma sou eu e como já me senti pelo fato de ser mina numa cena de maioria masculina”.
@jazzkey_ , produtor Guilherme de Souza e Kami Cruz
A segunda faixa, “Me diz”, é um desabafo sobre a dificuldade de fazer uma carreira na música sem ter investimento. Na faixa Kami fala também sobre seus valores não só como artista mas também em suas relações pessoais. Com a participação de Xis, a faixa também retrata como parte da nova geração do rap parece ter esquecido os valores que construíram o gênero musical.
Com a participação de Ju Maia e Cism@, “Lovesong” é a terceira faixa do álbum e já está disponível em todas as plataformas de streaming. Nela, Kami fala sobre o amor de uma maneira leve tanto em forma — através da flauta de Chico Hahn – quanto em conteúdo da composição.
“Só progresso” é a quarta da tracklist e uma mistura de sonoridades — entre a brasilidade do samba que naturalmente emana da artista e uma escolha de timbres modernos que remetem ao R&B norte-americano — que transmite uma mensagem de positividade.
Intitulada “Então fui”, a quinta faixa registra o término de um relacionamento e uma mudança de atitude da artista em relação a si em versos que facilmente gera identificação nas ouvintes:
“Tô aprendendo a ir sem cogitar voltar
Tô aprendendo apagar a mensagem e ir
Cada dia mais perto de não te ligar
Cada dia mais perto de sumir pra ti”
A sexta faixa “Boom Bap” retoma o tom de crítica a cena atual do rap retratado em “Me Diz”, mas dessa vez de forma ainda mais sincera e detalhada a MC de Curitiba joga luz não só sobre a incoerência entre fala e ação mas também sobre uma série de outros problemas que a artista observou durante a construção do álbum.
O encerramento de “Arte pra Rua” é “Repara no Beat”, uma música que sintetiza os elementos que compõem o álbum. O boom bap como referência máxima, as melodias do samba que levaram nossa cultura para outro nível de impacto e uma crítica com a propriedade que somente uma mulher que pertence a cultura hip-hop poderia ter sobre as ações dos homens que compõem a cena.
TEXTO:
Bárbara Silva
Disrupsom Consultoria