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Jessie lança “João” e abre financiamento coletivo para o álbum “Jessie Jazz”

Single apresenta o trabalho da multiartista independente gaúcha que oferece shows e aulas de música como contrapartida da vaquinha online.

Quanto vale um sonho? Nesta sexta-feira (21), Jessie apresenta “João” pelas plataformas de áudio – ouça aqui -. O som traz mistura jazz e blues para falar de uma compilação de crushes que não deram certo.

O lançamento de “João” ainda chega com o intuito de viabilizar mais um importante passo da carreira da multiartista e multi instrumentista gaúcha. Jessie oferece aulas de música, shows e outras contrapartidas por meio de um financiamento coletivo que terá sua verba destinada para a produção do próximo álbum da artista, intitulado “Jessie Jazz”.

“Jessie Jazz” traz influências do jazz e da black music

O álbum “Jessie Jazz” reúne sete composições. A compilação é a primeira da artista natural de Sapucaia do Sul, no Rio Grande do Sul. O trabalho de estreia da artista apresenta as faixas “João”, “Fogo”, “Deusa da Lua”, “Big Bang”,  “Xapô”,  “Trans Jeito Luz”, “Todes Numa Bolha” e “Famintos”. Com produção independente, “Jessie Jazz” carrega influências que vão do jazz à black music.

Mulher, trans, preta, Jessie canta a diversidade. E o álbum “Jessie Jazz” chega, exatamente, como uma celebração a essa diversidade. Um projeto produzido de forma totalmente independente, em que Jessie transforma sua representatividade em música e poesia.

“Através desse primeiro trablho, quero mesmo é descrever o que eu sinto de um jeito que não seja claro, uma narrativa preta, transcrita de uma forma transcendida, delicada,  sobre transformações dentro do nosso ser , com intenção de colorir o céu nublado que insiste em nos visitar”, explica Jessie.

Em um país onde as atribuições da população trans são tão subjugadas e marginalizadas, o  disco  traz uma nova perspectiva dessa mulher trans negra cantando e tocando jazz. Além de compositora e cantora, Jessie toca baixo, guitarra, violão, flauta doce, trombone, violino, violoncelo, viola, cavaquinho, banjo, e órgão.

“É um grande desafio ser uma artista totalmente fora da bolha normativa da sociedade e ser artista independente no Brasil,  onde a existência de uma  travesti preta por si só  já é um ato político. Acredito que dar voz e permear no ambiente da música e arte, seja uma forma de abrir espaço para outras pessoas”, reflete Jessie.

Faixa a Faixa

  1. “Fogo” – traz uma levada sexy jazz, sobre espantar a solidão que já morou dentro de Jessie Jazz.

  2. “Deusa da Lua” –  um jazz brazuca, que fala sobre a deusa da lua e da magia Hecate e sua conexão com a feminilidade.

  1. “Big Bang” – com referências cravadas em música negra, explora um romantismo lisérgico em uma sonoridade R&B e soul.

  1. “Xapô” – traz a temática da pele preta e das culturas negras que ficaram nas sombras, através de uma forma psicodélica e uma sonoridade vintage que mistura jazz, blues e soul.

  1.  “Trans Jeito Luz” – despadronização e empoderamento. Um Ode à diversidade..

  1. “Todes Numa Bolha” – sobre ignorância e intolerância nos dias de hoje.

  1. “Famintos” – sobre o instinto de sobrevivência na selva de pedra.

Financiamento coletivo para o álbum “Jessie Jazz”

Para custear a produção de seu primeiro álbum, a cantora, compositora e multi instrumentista Jessie lançou uma campanha de financiamento coletivo – contribua aqui. As contrapartidas vão desde merchandising, acesso a material exclusivo até shows e workshops em formato presencial e online.

Sobre Jessie

Natural de Sapucaia do Sul, a multiartista independente Jessie, tem seu início na música com apenas sete anos de idade. A partir dos dez anos, passa a atuar como instrumentista e vocalista já tendo sido parte da Orquestra Jovem do Sesi de Gravataí e também de bandas como Amora, Ventiladores de Teto e Garnet Bluzzers. A trajetória nos grupos, fez com que Jessie desenvolvesse seus talentos como baixista e também nas cordas, percussão, sopros, arranjos, letras e vocais. E assim, hoje, aos 20 anos, Jessie Jazz dá um passo em direção a uma nova fase, sua carreira solo. João, música de estreia, dá o tom de suas referências tanto nos versos como na sonoridade. Mulher, trans, preta, Jessie Jazz canta a diversidade, trazendo referências do jazz, soul, R&B e da black music para suas composições. Em seu primeiro álbum, intitulado “Jessie Jazz”, transforma sua representatividade em música e poesia.

TEXTO: Carolina de Araujo Schubert – PORQUE ASSESSORIA

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