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Nísia Floresta é uma escritora ou uma cidade? - SELIGANAMUSICA®

Nísia Floresta é uma escritora ou uma cidade?

Nísia Floresta – Fonte: fbb.org.br

Como reconhecimento à importância de Nísia Floresta para a cultura brasileira, o Decreto-Lei 146/48, modificou o nome da cidade de Papari, no Rio Grande do Norte, para “Nísia Floresta”. SELIGANAMUSICA vai desvendar essa história pra você.

Não perca!!!

 

ILUSTRAÇÃO: danieluiz. DESTAQUE: desenho em nanquim da escritora Nísia Floresta, segurando o seu livro de poemas “A lágrima de um Caeté”.

Uma das primeiras feministas brasileiras, Nísia Floresta foi uma autora singular do século XIX. Contemporânea de José de Alencar e Machado de Assis, provavelmente não os conheceu pessoalmente. Porém, na França, onde viveu por muito tempo, foi aluna e amiga de Augusto Comte, o pai do Positivismo.

Além de conhecida principalmente como Nísia Floresta, a educadora Dionísia Gonçalves Pinto adotou vários pseudônimos durante sua carreira profissional de escritora ou de tradutora: de Telesila a Nísia Floresta Brasileira Augusta, ou de Floresta Augusta Brasileira a Mme. Brasileira Augusta ou então a Brasileira Augusta, entre outros, em formatos abreviativos desses mesmos nomes citados. Esses pseudônimos marcaram a carreira dessa escritora poliglota e intercontinental.

Floresta, escrevia muito! Para driblar a censura da época do imperador, publicava obras sob o rótulo (autoral) de pseudônimos, como, por exemplo, o poema épico A lágrima de um Caeté (1849), publicado sob o mistério do nome Telesila.

Os pseudônimos de Nísia (ou textos sob o véu dos anonimatos) foram criados também na intenção de evitar a censura imperial brasileira, principalmente por suas obras geralmente incutirem um teor revolucionário contra o conservadorismo vigente, seja na educação, seja na estética literariamente romântica em vigor no Brasil Império, perto da metade do século XIX. Não era, portanto, apenas uma questão de marketing editorial voltado aos jornais e aos livros.

ILUSTRAÇÃO: danieluiz. DESTAQUE: desenho em nanquim da escritora Nísia Floresta na Rua da Praia (ficcional), em Pernambuco, lugar símbolo da Revolução Praieira. Ao seu lado, o vulto do Caeté, adentrando a mata virgem.

Vamos dar um pulo  de 1849 para o ano de 1872, quando Nísia retornou ao Brasil. Nessa altura do campeonato, ela já tinha publicado livros em francês, italiano e inglês.

Em 1875, contudo, Nísia escolheu a França como moradia.

Em síntese, até os quarenta anos, Nísia viajou muito pelo Brasil de Norte a Sul, deixando a sua cidade natal de Papari, no Rio Grande do Norte, passando por Pernambuco, pelo Rio Grande do Sul, e pelo Rio de Janeiro. Após essa idade, a opção por residir na Europa, de certo modo, contribuiu para que a escritora ficasse esquecida pela crítica brasileira.

Nísia Floresta, contudo, foi aos poucos redescoberta, ainda mais a partir de 1938, com uma reedição editada pela Revista das Federações das Academias de Letras, que continha um estudo crítico de Modesto de Abreu e comentários de Adauto Câmara sobre a obra da autora. Foi o próprio Adauto Câmara quem fez uma pesquisa e a publicou no livro História de Nísia Floresta (1941), abrindo caminho para um novo viés crítico sobre a escritora poliglota.

Somente em dezembro de 1948, como reconhecimento à importância de Floresta para a cultura brasileira, o Decreto-Lei 146 modificou o nome da cidade de Papari, no Rio Grande do Norte, para “Nísia Floresta”. Hoje, muito tempo depois de viver o anonimato nos jornais oitocentistas, ainda há nos manuais de literatura das últimas décadas do século XX e das primeiras décadas do nosso século XXI, um descaso com o estudo literário sobre Nísia Floresta.

MESTRE VAL VALENÇA

 

 

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